quinta-feira, 9 de julho de 2009

Jornalista e Poeta conversam sobre liberdade no 9 de julho

Glória Kreinz divulga: O jornalista Celso Lungaretti e o Poeta Marcelo Roque conversaram sobre o Feriado do dia 9 de julho e a noção de liberdade no Blog Sarau Para Todos. Selecionei parte deste diálogo para este Blog, afim de que possamos refletir sobre a noção de liberdade, sempre presente no NJR/ECA/USP . Glória Kreinz

Eis parte do texto de Celso Lungaretti:

“A esquerda também não associou-se à chamada Revolução Constitucionalista, por considerá-la uma mera disputa de poder econômico entre setores da burguesia. Para os discípulos de Stalin, direitos constitucionais não passavam de perfumaria.

O certo é que a liberdade nunca deu muito ibope no Brasil. Não fosse uma lei que facultou a criação de feriados estaduais, nem mesmo em São Paulo seria reverenciado esse episódio da eterna luta contra o despotismo, que move os melhores seres humanos através dos tempos. Restariam apenas as comemorações melancólicas dos velhinhos remanescentes de 1932.”

Marcelo Roque disse:
Celso, vc é brilhante, como sempre !
Como bem disse, esta tal "liberdade", parece não dar muito ibope por aqui mesmo; talvez pelo fato de nosso povo, nunca ter sentido sequer o seu aroma mais longínquo! Parabéns por ser um destes, que ostentam gloriosamente, a suada bandeira da indignação!

Abraço !

Marcelo Roque

Celso Lungaretti respondeu:

Marcelo,

eu sou muito sensível a isso por ter pertencido à Geração 68, provavelmente a mais libertária de todos os tempos no Brasil.

Então, percebia bem a rejeição com que éramos então recebidos nos Estados menores; o repúdio que foi se cristalizando mais tarde mesmo em grandes centros; e a obstinação rancorosa da esquerda em combater o "legado de 1968".

No meu livro eu conto como despertou polêmica a minha sugestão de colocar num jornal alternativo, feito na ECA/USP, um texto sobre a efeméride: 10 anos do maio de 1968.

Ora, jornalisticamente tinha tudo a ver. Mas, as tendências esquerdistas uspianas queriam passar uma borracha em cima de nossa primavera.

Um forte abraço!

Observação: O livro citado por Lungaretti é NAUFRAGOS DA UTOPIA

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